quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Amanhã

Qual deles?

Pois é, existem dois: um feto de hoje, ainda por nascer, florir, murchar e morrer; e um outro, intangível, portador das soluções, banhado em tempo disponível e boa vontade.

Uma pena que esse segundo nunca chegue - só existe no plano das idéias. É para tal amanhã que deixamos nossos projetos mais ousados, nossos problemas mais complexos. Acontece que, no dia seguinte, ele continua sendo amanhã.

Para o outro, fica a mesmice, a eterna função de substituir o hoje do modo mais fiel possível. Tempo depois não passa dum mero ontem superado, folha seca no chão.

O 'segundo amanhã' está pro futuro assim como o 'se' está pro passado. E aquele do qual fala Guilherme Arantes, fica só na clave de sol mesmo.

3 comentários:

  1. Apesar do segundo ser um tanto utópico, pelo menos para a minha realidade, não me parece ser inútil pensar nele...

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  2. Como já disse o sábio, qual graça teriam os caminhos se não fora a mágica presença das estrelas, não é mesmo?
    Mas dói um pouco, não dá pra negar.

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  3. Na verdade era "quão triste seriam os caminhos...", mas deu pra entender...

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