sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Re-volta

- É preciso fazer.
- O quê?
- Não sei. Mas é preciso.
- Quem?
- O quê?
- Quem precisa?
- Não sei. Alguém. Todos
- Você?
- É, preciso fazer.
- Alguma coisa.
- Ein?
- Quem faz, faz alguma coisa. Verbo transitivo, sabe?
- Mas eu não fiz nada. Preciso fazer. Nesse caso é intransitivo.
- Por quê?
- Não sei. Mas é.
- Oras, você não sabe nada.
- Sei, sei sim. Sei que preciso fazer.
- Isso não é muito preciso.
- É sim. Essencial, eu diria.
- Me refiro a não ser certo.
- E por que seria errado?
- Não é errado. Não é exato.
- Quem falou em ser exato?
- Eu. Exato, certo... preciso.
- Também.
- O quê?
- Também preciso.
- Eu não disse que precisava.
- Eu sim.
- Fazer?
- O quê?
- Não sei. Um "fazer intransitivo" talvez...
- Meu "precisar" é intransitivo.
- É?
- "É" também pode ser.
- Como assim? "Eu sou"?
- É.
- Você é louco.
- Não, eu sou.

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